Blog do Luiz de Carvalho

Enfim a Copa Fifa do Brasil acabou e agora só resta ao mundo noticiar ao longo desta semana a vitória dos alemães. Uma conquista que finaliza um trabalho de mais de uma década mostrando que valores individuais não são necessários para levar um time à tão sonhada taça de campeão mundial. O momento de ouro de qualquer jogador de futebol foi de mérito inquestionável da seleção alemã. Venceu o jogo de equipe, de preparação com a base, da simpatia e do marketing. Sim! A Alemanha fez uma preparação para ser campeã. Fizeram um uniforme em homenagem ao time de maior torcida do Brasil, se hospedaram no litoral baiano, onde tudo começou por estas bandas e aos habitantes que aqui já estavam quando os europeus aportaram, uma homenagem pra lá de especial. Foram filantrópicos e dançaram como os índios ao redor do tal sonhado troféu (talvez retribuindo a dança da chuva de gols ou sei lá o que mais que eles fizeram pra dá um empurrão a mais para o time alemão). Não esqueceram a hospitalidade do povo brasileiro, foram simpáticos e mesmo depois do massacre sobre nós não tivemos como odiá-los. Ao contrário, venceram nossos maiores rivais evitando uma humilhação maior ainda. À seleção brasileira resta juntar os cacos e mirar no exemplo dos alemães. Começar do zero será ridículo. Destes jovens talentos muitos ainda podem se redimir daqui a quatro anos, porque não? Porém a política do futebol brasileiro perdura, “tá mal troca o técnico”. Assim está feito. Não tínhamos força pra ganhar o título em casa como talvez não tivesse a seleção alemã em 2006 quando também jogaram em casa, mas de lá para cá mais do que nunca convenceram dentro e fora de campo que são uma temível potencia do futebol, isto com planejamento e determinação. Dos nossos jogadores não faltou determinação, parece, mas só isto não seria suficiente. De longe não vimos o time que ergueu a Copa das Confederações ano passado. E ainda, como observou minha namorada a trilha sonora escolhida pelos jogadores foi profética. Tá Escrito, interpretada pelo Grupo Revelação, tem uma letra interessante e fala de dá a volta por cima. Quando ela viu num programa de TV que os jogadores haviam escolhido esta música para embalar o time na Copa veio a preocupação. “Acho a letra legal, porque fala muito sobre algumas histórias que tem aqui na Seleção, aquela coisa de que o guerreiro não pode fugir da luta”, diz Dante na entrevista. Parecia que não ia mesmo terminar bem. “Não precisávamos dá a volta por cima, e porque não acreditar que essa já era nossa hora” ? Afinal o time vinha confiante. De fato Deus aponta a estrela que tem que brilhar. Não foi a nossa e agora sim é hora de levantar a cabeça que um novo dia precisa raiar, para que quem sabe na Rússia nossa hora chegue e nosso perseguido HEXA venha com o ressurgimento do futebol genial e centenário que o brasileiro sabe como ninguém! Em parceria com Mara Janaina.